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As 4 Formas de Carregamento de Veículos Elétricos

“Qual a diferença entre carregar um veículo elétrico ou ligar qualquer outro equipamento elétrico, como uma maquina de lavar, uma torradeira ou um aquecedor?” é a pergunta recorrente quando o tema é o carregamento de veículos elétricos.

Existem dois grandes argumentos para responder a esta questão. A primeira grande diferença prende-se com o facto de um veículo elétrico poder solicitar uma corrente elevada, equivalente a uma casa inteira, durante bastante tempo, 5-7horas. Isto significa que o carregamento de um veículo elétrico representa um conjunto de desafios à tomada e à instalação elétrica.

A segunda diferença está relacionada com a área em que o carregamento é efetuado. Com efeito, o carregamento de um VE poderá ser feito numa área de acesso humano não controlado, que pode variar em dimensão e exposição. Isto significa que em caso de falha na instalação elétrica do veículo elétrico, o risco que este pode representar de electrocução por contatos indiretos é, nesse caso, maior do que um eletrodoméstico situado num local de acesso condicionado. Este facto coloca desafios de verificação da instalação elétrica que alimenta o VE, para limitar o risco em caso de falha.

Note que toda e qualquer instalação elétrica envolve risco na sua utilização, mas este será tanto menor quanto maior for o rigor na aplicação das regras técnicas descritas na regulamentação aplicável.

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Governo reintroduz incentivos à compra de veículos elétricos. Saiba quais as condições

O Governo divulgou recentemente o despacho para os incentivos à aquisição de veículos elétricos em 2023, incluindo a instalação de postos de carregamento privados.
O programa mantém um orçamento global máximo de dez milhões de euros, embora com algumas semanas de atraso em relação aos anos anteriores, nos quais as candidaturas eram abertas entre fevereiro e março.

Desde 2017, o Estado tem incentivado a compra de veículos com baixas ou nulas emissões de CO2, como os carros 100% elétricos (BEV) e os híbridos plug-in (PHEV), abrangendo também outros meios de transporte, como motociclos ou bicicletas. A gestão desses apoios fica a cargo do Fundo Ambiental e as medidas entrarão em vigor a partir de quinta-feira, após a publicação do despacho no Diário da República.

O regulamento assinado pelo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, enfatiza que a atribuição dos incentivos está sujeita à elegibilidade das solicitações e aos respetivos limites, sendo as candidaturas ordenadas com base na data e hora de chegada. Os pedidos devem ser enviados até 30 de novembro de 2023, sendo elegíveis as faturas e recibos com data a partir de 1 de janeiro deste ano.

Condições por tipo de veículo:
Veículos ligeiros de passageiros: Os indivíduos singulares podem beneficiar de um incentivo no valor de 4.000 euros ao adquirir um veículo 100% elétrico novo. Não são elegíveis veículos com um custo final de aquisição superior a 62.500 euros, incluindo IVA e despesas associadas.

Veículos ligeiros de mercadorias: Os compradores de veículos 100% elétricos novos podem receber um incentivo de 6.000 euros.

Bicicletas de carga: Os incentivos cobrem 50% do valor de aquisição da bicicleta, incluindo IVA, até um máximo de 1.500 euros para bicicletas de carga com assistência elétrica e 1.000 euros para bicicletas de carga sem assistência elétrica.

Bicicletas elétricas urbanas: Os compradores podem receber um incentivo correspondente a 50% do valor de aquisição, incluindo IVA, até um máximo de 500 euros.

Motociclos, ciclomotores, triciclos, quadriciclos e outros dispositivos de mobilidade pessoal elétricos: Os incentivos correspondem a 50% do valor de aquisição, incluindo IVA, até um máximo de 500 euros.

Bicicletas urbanas convencionais: Os compradores podem beneficiar de um incentivo no valor de 20% do valor de aquisição, incluindo IVA, até um máximo de 100 euros.

Carregadores para veículos elétricos em condomínios com ligação à Rede Mobi.E:
Os incentivos cobrem 80% do valor de aquisição do carregador, incluindo IVA, até um máximo de 800 euros, ao qual pode acrescer 80% do valor da instalação elétrica associada ao carregador adquirido (incluindo IVA), até ao máximo de 1.000 euros por lugar de estacionamento. O incentivo está limitado a um carregador por condómino, até ao limite de 10 carregadores por condomínio/CPE.

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Portugal é o país onde mais compensa possuir um carro elétrico

É interessante saber que, de acordo com um relatório da LeasePlan, o custo de possuir um carro elétrico é mais baixo do que o de possuir um veículo a gasolina ou a diesel na maioria dos 22 países analisados.

Especificamente em Portugal, a diferença é ainda maior, com os carros elétricos sendo até 38% mais baratos por mês em comparação com os veículos movidos a combustão.
Esta informação destaca uma das vantagens econômicas dos carros elétricos.


A maior vantagem econômica do carro elétrico: Menores custos de energia, manutenção e maior vida útil da bateria

Existem várias razões para essa redução de custos. Primeiro, os carros elétricos geralmente têm custos de energia mais baixos em comparação com a gasolina ou o diesel. O custo médio por quilômetro percorrido de um carro elétrico é consideravelmente menor do que o de um veículo movido a combustão.
Além disso, os carros elétricos têm menos componentes mecânicos e peças móveis do que os veículos a combustão interna. Isso resulta em menores custos de manutenção e reparo ao longo do tempo.
Os carros elétricos também têm uma vida útil da bateria que tem melhorado ao longo dos anos e, atualmente, muitos fabricantes oferecem garantias de longa duração para as baterias dos veículos elétricos.

Redução de custos com incentivos do estado

Outro fator que pode contribuir para a diferença de custos é a disponibilidade de incentivos fiscais e subsídios para veículos elétricos em alguns países. Essas medidas podem reduzir o preço de compra e os custos operacionais dos carros elétricos, tornando-os ainda mais acessíveis em comparação com os veículos a combustão.

No entanto, é importante ressaltar que os custos de propriedade de um carro elétrico podem variar dependendo de vários fatores, como o preço inicial do veículo, a infraestrutura de carregamento disponível na região, a frequência de uso do carro e a tarifa de eletricidade local. Portanto, é sempre recomendável realizar uma análise detalhada dos custos antes de tomar uma decisão de compra.

Em suma, de acordo com o relatório da LeasePlan, os carros elétricos são mais baratos de possuir do que os veículos a combustão na maioria dos países analisados, e essa diferença é especialmente significativa em Portugal, chegando a até 38% de economia mensal.
No entanto, é importante considerar todos os fatores relevantes e fazer uma análise personalizada para determinar a viabilidade econômica de um carro elétrico em uma situação específica.

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Formas de Carregamento de Veículos Elétricos

“Qual a diferença entre carregar um veículo elétrico ou ligar qualquer outro equipamento elétrico, como uma maquina de lavar, uma torradeira ou um aquecedor?” é a pergunta recorrente quando o tema é o carregamento de veículos elétricos.

Existem dois grandes argumentos para responder a esta questão. A primeira grande diferença prende-se com o facto de um veículo elétrico poder solicitar uma corrente elevada, equivalente a uma casa inteira, durante bastante tempo, 5-7horas. Isto significa que o carregamento de um veículo elétrico representa um conjunto de desafios à tomada e à instalação elétrica.

A segunda diferença está relacionada com a área em que o carregamento é efetuado. Com efeito, o carregamento de um VE poderá ser feito numa área de acesso humano não controlado, que pode variar em dimensão e exposição. Isto significa que em caso de falha na instalação elétrica do veículo elétrico, o risco que este pode representar de electrocução por contactos indiretos é, nesse caso, maior do que um eletrodoméstico situado num local de acesso condicionado. Este facto coloca desafios de verificação da instalação elétrica que alimenta o VE, para limitar o risco em caso de falha.

Note que toda e qualquer instalação elétrica envolve risco na sua utilização, mas este será tanto menor quanto maior for o rigor na aplicação das regras técnicas descritas na regulamentação aplicável.

A norma europeia/portuguesa EN/NP61851 – Sistema de carga condutiva para veículos eléctricos (2003), revista em Dezembro de 2010, define como deve ser feito o carregamento de um veículo eléctrico e em que condições. Para esse efeito define 4 modos de carregamento, aqui descritos.

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Velocidades de Carregamento

Os pontos de recarga dos veículos elétricos diferem principalmente na potência que podem produzir expressa em kW e, portanto, na velocidade a que são capazes de carregar o veículo. Os conectores também são um ponto chave, já que nem todos os veículos utilizam o mesmo conector para recarregar. Dependendo da velocidade, teremos os seguintes tipos de recarregamento:

  • Carga normal ou lenta, até 3,7kW, que requer cerca de 6 a 8 horas de carga e, portanto, é normalmente usada à noite.
  • Carga acelerada, entre 7,4 e 22kW, que pode recarregar o veículo entre 3 e 4 horas
  • Carga rápida entre 43 e 50kW, ou com potências superiores, que são capazes de fornecer 80% de carga em apenas 30 minutos, dependendo do veículo.

Tabela Comparativa

Carregador RápidoCarregador PublicoHomeCharger
Tipo de CarregadorDC + ACACAC
Potência de Saída (kVA)

50kW | 20kW

3,7kW | 7,4kW | 11kW | 22kW3,7kW | 7,4kW | 11kW | 22kW
Tempo estimado de carga *

< 30m | < 30m

~6/8h | ~3/4h | ~2h |~1h~6/8h | ~3/4h | ~2h |~1h
Preço€€€€€
* Dependendo da capacidade total da bateria e do tipo de carga aceite pelo veículo.